![]() |
| Foto: Thais Jorge/SVM |
O Icasa deu um passo importante em uma das batalhas jurídicas mais emblemáticas de sua história. A CBF realizou um depósito de R$ 80,9 milhões em conta judicial, referente a parte da indenização que foi condenada a pagar ao clube cearense. A informação foi confirmada pelo presidente do Verdão do Cariri, Celso Pontes, em entrevista ao Diário do Nordeste.
Segundo o dirigente, o valor total determinado pela Justiça é de R$ 84,3 milhões, conforme alvará expedido no processo. Desse montante, R$ 75 milhões correspondem ao valor principal da indenização devida ao Icasa, calculado a partir de perícia judicial, enquanto o restante será destinado ao pagamento de honorários advocatícios. Ainda falta à confederação o repasse de R$ 3,4 milhões para a quitação integral da condenação.
Apesar do depósito já realizado, o Icasa ainda não tem acesso direto ao dinheiro. Isso porque a quantia está vinculada a uma conta judicial, mecanismo que garante que todas as dívidas e condenações do clube na Justiça sejam abatidas automaticamente do valor recebido. A diretoria aguarda, agora, um levantamento completo dos advogados para saber quanto efetivamente ficará disponível nos cofres alviverdes.
Mesmo sem a definição do valor líquido, Celso Pontes já tem planos claros. Os recursos que restarem serão investidos na melhoria do Praxedão, centro de treinamento do clube, e no fortalecimento do elenco que disputará a Série B do Campeonato Cearense em 2026.
A indenização tem origem em um erro da CBF ocorrido em 2013, que impediu o Icasa de conquistar o acesso à Série A do Campeonato Brasileiro, causando grave prejuízo material ao clube. O processo judicial se arrastava desde 2018, tramitando inicialmente na Justiça comum até chegar ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), onde o Verdão obteve decisão favorável.
O episódio marca não apenas uma vitória jurídica, mas também uma chance concreta de reconstrução financeira e esportiva para o Icasa, que agora tenta transformar um capítulo amargo do passado em um novo ponto de partida.
*Com informações do Diário do Nordeste

